quinta-feira, 5 de maio de 2011

Match Race Brasil: 11 equipes tentam tirar o trono de Torben Grael

Organização antecipa início das regatas. Marinha do Brasil lidera a competição barco contra barco, que segue até domingo no Iate Clube do Rio de Janeiro

RYC de Torben Grael no Match Race
Rio de Janeiro (RJ) - A hegemonia de Torben Grael no Match Race Brasil começa a ser testada na Baía de Guanabara. Onze equipes tentam acabaram com o domínio do Rio Yacht Club de Niterói na principal competição barco contra barco do País. O evento, que reúne os principais clubes náuticos nacionais, termina nesse domingo e conta com equipes de seis Estados.

A organização antecipou o início das regatas para a tarde desta quinta-feira. E os primeiros duelos começaram com 28 graus de temperatura e ventos variando de 10 a 14 nós, direção Sul.

As equipes foram divididas em dois grupos. Na chave A estão: Rio Yacht Club (RJ), Clube Naval Charitas (RJ), Escola Naval (RJ), Marina da Glória (RJ), Cabanga Iate Clube (PE) e Veleiros do Sul (RJ). O grupo B conta com Marinha do Brasil (RJ), Búzios (RJ), Iate Clube do Rio de Janeiro (RJ), Yacht Club Santo Amaro (SP), Iate Clube de Brasília e Lagoa dos Ingleses (MG).

Resultados - As regatas desta quinta-feira foram intercaladas entre Fleet Race (com três barcos fazendo o mesmo percurso) e Match Race (dois barcos) e começaram às 13 horas. Estão programadas 32 regatas na fase classificatória até este sábado. As duas melhores equipes de cada chave fazem as semifinais, com os vencedores decidindo o título no domingo. Desta sexta-feira até domingo, as regatas começam às 10 horas da manhã.

Henrique Haddad é um dos favoritos
Até às 17 horas desta quinta-feira, a Marinha do Brasil, comandada por Henrique Haddad, tinha três pontos ganhos e 100% de aproveitamento. O Yacht Club Santo Amaro está em segundo, mas com uma disputa a menos. O RYC, de Torben Grael, perdeu 0,5 ponto depois de chegar em segundo lugar no primeiro Fleet Race da programação.

O adversário a ser batido- O atual bicampeão é o Rio Yacht Club, de Torben Grael. O maior medalhista olímpico do País é referência para todos os outros comandantes. No currículo, participações nas principais competições estilo Match Race do mundo como a America’s Cup. "Essa experiência é que faz a diferença. No Match Race Brasil, no entanto, eu não velejo sozinho. Tem uma equipe ao meu lado que é campeã junto comigo", declarou Torben Grael.

O comandante do Rio Yacht Club ressaltou a necessidade de mais competições barco contra barco no Brasil para aumentar o nível da classe. "A dica é continuar fazendo eventos como esse para os velejadores ficarem mais experientes. Isso melhora o nível e a disputa fica mais justa e divertida. Não tem muita graça vencer quem não está bem treinado de Match.", explicou Torben.

Juliana Mota velejando pelo ICRJ
Melhor brasileiro no ranking mundial de Match Race (23ª posição), Henrique Haddad, ressaltou que o campeonato faz com que os velejadores tenham mais prática de Match Race, ao contrário do que ocorria no passado. Segundo ele, o nível da categoria tem crescido a cada ano. "O Match Race Brasil fomenta a classe no País. É uma saída para a vela, já que os atletas de match têm mais base, ou seja, melhoram na confiança de largada, marcação e conhecimento de regras nas regatas de flotilha", analisou Haddad.

Marinha quer acabar com hegemonia do RYC
Os melhores nas raias- Os 12 comandantes do Match Race Brasil têm experiência em regatas de flotilha e resultados internacionais. Os velejadores usam a competição para aumentar a prática dessa classe em seus estados. Os donos da casa, ICRJ, querem não só a vivência de Match como ficar com o título do evento. "Cada clube está sendo representado pelo melhor velejador. Aposto em regatas bastante interessantes. Aqui, nós precisamos fazer alguma coisa para tirar a hegemonia do Torben", antecipou Maurício Santa Cruz, comandante do Iate Clube do Rio de Janeiro.

As meninas querem mais - Líder do ranking brasileiro de classe Match Race, Juliana Mota, integra a equipe do Iate Clube do Rio de Janeiro no evento. A regra da competição exige, pelo menos, uma mulher em cada tripulação. A velejadora espera que a ideia se repita outras vezes e as mulheres, em futuro próximo, montem uma equipe 100% feminina. "Isso é importante para as mulheres velejarem em barcos maiores. Nós não temos costume, ao contrário das européias. Precisamos de mais experiência para mostrar aos homens que a gente consegue também", disse Juliana Mota.

MRB2011 começou nesta quinta
O Match Race Brasil é realizado pela Brasil1 Esporte e tem patrocínio do Bradesco, Volvo, International Paper, Nycomed, Redecard, Wartsila e Semp Toshiba. Esse projeto é incentivado pela Lei de Incentivo ao Esporte. O apoio é do Iate Clube do Rio de Janeiro, Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro, Confederação Brasileira de Vela e Motor e Marinha do Brasil.


fonte: ZDL de Comunicação
fotos: AGIF