foto Ronald Kraag
A primeira manifestação contra a ampliação do Porto de São Sebastião aconteceu em Ilhabela na Rua do Meio, na Vila, no inicio da noite do último sábado (3/3). Em cerca de 20 minutos reuniram-se cerca de 500 pessoas em torno do palco, constituído por um carro alegórico, com uma banda formada por músicos locais. A trilha sonora escolhida foi Money do Pink Floyd.
O público presente, entre crianças, jovens e adultos, também presenciou a performance de atores voluntários utilizando figurinos de magnatas e prostitutas em busca de dinheiro, fazendo uma alusão ao que pode acontecer caso a ampliação aconteça. Ao longo da música, as prostitutas começaram a rasgar pedaços do mapa de Ilhabela, oferecendo-os para os personagens magnatas.
Na apoteose da música todos em cena começaram a se comportar como animais; rasgando os mapas e disputando cada pedaço. A encenação foi encerrada com um banho de tinta preta, simbolizando o petróleo e em estado emocional arrasado. A partir daí, a banda iniciou uma sonorização pesada e distorcida, o carro alegórico/palco completou uma volta em torno da Vila juntamente com a multidão de manifestantes levando faixas, cartazes, pinturas em tela, fantasias, trajes de esportistas como velejadores, surfistas, e máscaras do governador Geraldo Alckmim, etc.
Depois de finalizar o trajeto pela Vila, todos se concentraram novamente próximos a rua do meio tocando objetos de percussão e gritando em coro: "Porto Não!", "Ilhabela não quer porto", "O Caiçara não quer porto" entre outros. Não houve nenhum sinal de vandalismo ou problemas com a polícia e trânsito. O evento foi encerrado por volta das 22 horas, e de acordo com os manifestantes esta foi a primeira manifestação para conscientizar a todos dos problemas sociais de violência, prostituição e principalmente ambientais que esta ampliação pode ter por consequência.
