Toninho Ferragutti encantou o público apresentando a síntese de todos os grandes acordeonistas brasileiros |
A primeira edição do Petra Jazz - Festival Internacional de Jazz de Ilhabela começou na última quinta-feira (18/7) em uma imensa estrutura na Praça das Bandeiras, na Vila, com inesquecíveis apresentações. A banda “Playing for Change” não só foi o destaque da primeira noite da programação, mas também interagiu com os ilhabelenses, passeando pelas ruas da Vila, pelas praias e dando “canjas” em bares durante a madrugada com os músicos locais.
A estrutura do evento conquistou o público com o recinto todo coberto, mesas e cadeiras, telões na rua e garçons da Petra que atendiam toda a praça. Os apreciadores do jazz se surpreenderam com a qualidade dos equipamentos sonoros e com os ilustres músicos que se apresentaram. Quem não conhecia o
Um dos shows mais aguardados do festival foi o do saxofonista e clarinetista cubano Paquito D'Rivera que, de forma bastante simpática, interagiu com a plateia de turistas e moradores |
estilo musical teve a oportunidade de ouvir grandes bandas e começar a se familiarizar com o gênero que surgiu em Nova Orleans, Estados Unidos, no início do século 20, pautado pelo swing, improvisação e harmonia. “O primeiro Festival de Jazz de Ilhabela terminou e já tem muita gente com saudades. Entre os músicos, a banda Playing For Change fez grande sucesso, ganhamos música inspirada em nossa beleza e hospitalidade, vão partir pensando em voltar em 2014. Vamos trabalhar pra isso acontecer, parabéns pra todos que participaram deste evento”, manifestou o prefeito Toninho Colucci em sua página na rede social.
No sábado (19/7), Edu Negrão e seu trio abriu a noite mostrando sua técnica “híbrida” em que usa a palheta para fazer melodia e os dedos para fazer o acompanhamento |
O evento atraiu turistas e moradores locais. A estilista Marília Brasil, 42 anos, diz que gostou muito das apresentações e ressaltou a estrutura do festival. “As apresentações foram fantásticas. Um evento de ótima qualidade como este alegra a cidade e atrai turistas. Espero que ocorra nos próximos anos”, afirmou a estilista.
Já para o engenheiro, James Aboud, de 70 anos, que participou dos três dias de festival, o 1° Festival de Jazz de Ilhabela foi um sucesso. “O ambiente está excepcional. Participei dos três dias de evento e adorei”, disse Aboud.
Palco Paralelo
Na mesma noite, o virtuoso Hamilton de Holanda também chamado de “Jimmy Hendrix do Bandolim” contagiou a plateia com a velocidade de solos e improvisos |
O evento contou com dois palcos: o paralelo e o principal e as apresentações se revezaram de modo que a música ao vivo fosse contínua na maior parte do tempo. Na quinta-feira (18/7), o palco paralelo contou com apresentações do trompetista de nível internacional Daniel D’Alcântara Quinteto e o artista local “Effe” que provou que Ilhabela anda muito bem no setor musical.
A noite da sexta-feira (19/7), o grupo MP3 Jazz, formado por integrantes também da cidade, misturou na medida certa jazz, MPB e humor, conquistando a plateia do festival, inclusive com a inusitada participação de Robson Miguel, considerado pela crítica internacional especializada como o músico mais completo do mundo na atualidade. O saxofonista, compositor e arranjador carioca Eduardo Neves junto com seu quarteto, ainda na sexta-feira, levou ao palco paralelo o jazz com tendências do choro e do samba.
No sábado (20), o pianista, compositor e arranjador Renato Vasconcellos traçou um paralelo entre o Jazz e a Música Brasileira. Para encerrar as atrações do palco paralelo, os músicos do grupo “Bamboo” apresentaram seu criativo trabalho autoral criado pelos integrantes que já atuaram com grandes nomes da MPB e da música instrumental, mostrando ao público de Ilhabela o elegante resultado desta mescla.
A Spok Frevo Orquestra levou o ritmo brasileiro com arranjos jazzísticos executados por 17 músicos sob a regência de Inaldo Cavalcanti foto: Cláudio Rodrigues | PMI |
Palco principal – Rosa Passos e Paulo Paulelli abriram as atrações do palco principal seguida da apresentação do grupo Playing For Change que também atraiu muitos fãs, na quinta-feira (19). Na sexta-feira (19/7), o acordeom de Toninho Ferragutti encantou o público apresentando a síntese de todos os grandes acordeonistas brasileiros. Um dos shows mais aguardados do festival foi o do saxofonista e clarinetista cubano Paquito D'Rivera que, de forma bastante simpática, interagiu com a plateia detutistas e moradores. Paquito fez suas primeiras aparições em palcos nova-iorquinos acompanhando o trompetista Dizzy Gillespie. Paquito já se apresentou nos mais respeitados palcos do mundo como no Japão, Europa e nas três américas e tocou com os maiores nomes da música. O Trio Corrente formado por Fabio Torres, Paulo Paulelli e Edu Ribeiro interpretou, junto com Paquito, clássicos do choro e da MPB, mas também apresentou um repertório autoral muito aplaudido.
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MP3 |
No sábado (19/7), o guitarrista Edu Negrão e seu trio abriu a noite mostrando sua técnica “híbrida” em que usa a palheta para fazer melodia e os dedos para fazer o acompanhamento resultando em uma sonoridade quente e vibrante.
Na mesma noite, o virtuoso Hamilton de Holanda também chamado de “Jimmy Hendrix do Bandolim” contagiou a plateia com a velocidade de solos e improvisos. A penúltima atração do festival, a Spok Frevo Orquestra levou o ritmo brasileiro com arranjos jazzísticos executados por 17 músicos sob a regência de Inaldo Cavalcanti.
Encerrando o festival para a surpresa de todos, parte dos integrantes do grupo “Playing for Change” não resistiu e subiu novamente ao palco do festival novamente e presenteou o público com diversas canções, todas muitíssimo aplaudidas.
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EFFE Ilhabela e Norma Nascimento |
Democratização da Cultura
Para o secretário de Turismo e Fomento, Harry Finger, o festival só veio a confirmar o potencial que o município tem para este tipo de evento. Segundo ele, cada noite contou com cerca de 1.600 pessoas atraídas pelo festival. “As atrações tiveram um altíssimo nível e uma grande participação dos munícipes e de turistas. Lembrando que o crescimento da taxa de ocupação aumentou para 75% no último fim de semana em grande parte devido ao festival. Os hotéis e pousadas da Vila estavam todos lotados em função das pessoas que vieram para assistir o evento”, comentou Harry Finger que destacou e agradeceu as equipes de todas as secretarias envolvidas na realização do festival e ao prefeito Toninho Colucci por incentivar o acesso e a promoção da música de qualidade no município.
O Petra Jazz Ilhabela Festival teve a produção da Articular, patrocínio da Cervejaria Petra, e a apoio da Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Turismo e Fomento.
fonte: Ass. Comunicação PMI
fotos: Vanessa de Paula | PMI