segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

COM RAIAS CHEIAS, COPA SUZUKI JIMNY SE CONSOLIDA COM UM DOS PRINCIPAIS EVENTOS DE OCEANO DO PAÍS


Temporada 2012 terminou neste domingo (2) com média de 40 barcos por etapa e regatas sem prognóstico nas classes HPE, C30, ORC e RGS


Competição obrigatória no calendário nacional de vela oceânica, a Copa Suzuki Jimny encerra a temporada de 2012 com média de 40 barcos por etapa nas raias do Yacht Club de Ilhabela (YCI). As últimas provas foram disputadas neste domingo (2) e definiram os campeões em todas as categorias. Nas quatro datas durante o ano, tripulações das classes HPE, C30, ORC e RGS (A,B,C e Cruiser) fizeram regatas técnicas no litoral norte paulista, sendo impossível apontar previamente o vencedor. Prova disso é que cada vez mais as equipes investem em atletas treinados e em equipamentos. Quem ganha é a modalidade, uma das mais vitoriosas do esporte brasileiro. O circuito contou com nomes de peso da vela como Bruno Prada, Maurício Santa Cruz, Ernesto Breda, Marcelo Massa, André ´Bochecha’ Fonseca, Alexandre Paradeda entre outros destaques. .

"O campeonato seguiu a tradição de muito equilíbrio e regatas disputadas. Reunir 40 veleiros de diferentes classes num mesmo evento é sempre um desafio, mas mostra nossa capacidade de organização e importância do evento. Algumas categorias se consolidaram e ampliaram números de embarcações na água como HPE e C30. A RGS também pode ser apontada como equilibrada e com duelos interessantes em todas as subdivisões", explicou Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela. O sucesso será repetido em 2013. Os patrocinadores Suzuki Veículos e SER Glass continuarão no ano que vem apoiando a vela oceânica. A primeira etapa está marcada para 13 de abril no Yacht Club de Ilhabela.

E a maioria dos campeões só foi apontada após as regatas deste domingo. O lugar mais alto do pódio na HPE ficou com o Ginga (Breno Chvaicer), pela terceira temporada seguida. Na C30, que estreou no calendário da Copa Suzuki Jimny, o TNT Loyal (Marcelo Massa) ficou com o ouro. Entre as categorias que precisam de rating, como a ORC, o melhor desempenho foi do Touché (Ernesto Breda), que fez sua última apresentação em águas brasileiras. Na RGS A, o Fram (Felipe Aidar) foi bicampeão. Na B, o Nomad (Mauro Dottori) saiu vencedor após quatro etapas e na Cruiser, o melhor do ano foi o Hélios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo). A subdivisão com maior equilíbrio na temporada foi a C. O título ficou com o Rainha (Leonardo Pacheco).

As regatas deste domingo foram disputadas no Canal de São Sebastião com ventos variando de 12 a 15 nós com temperatura na casa dos 30 graus. No final da tarde, na sede do Yacht Club de Ilhabela, foi realizada a premiação dos vencedores da quarta etapa e os campeões da temporada.

Tri na HPE - Classe com maior equilíbrio da raia, a HPE mostrou, mais uma vez, que pode reunir vários ídolos na modalidade correndo em oceano. Em praticamente todas as etapas, as regatas foram decididas após o contorno da última boia. Porém, se deu bem quem mais treinou. Pela terceira vez, o Ginga (Breno Chvaicer) saiu com a vitória na temporada. "O título pode ser traduzido pelo empenho da garotada, que veleja e treina muito em Ilhabela. Conseguimos uma recuperação impressionante na reta final, já que nas primeiras etapas não mantivemos o melhor nível. A partir da terceira, quando entrou o vento forte, subimos na tabela", adiantou Breno Chvaicer, comandante do tricampeão Ginga. "Os adversários estão cada vez mais fortes e, para tentar o tetra, não podemos vacilar". A tripulação do Ginga é completada por Vicente Monteiro, Eduardo Mateus e Juan de La Fuente.

Nas últimas regatas, a turma do Ginga não deixou os adversários se aproximarem. O SER Glass Eternity (Marcelo Bellotti) tinha apenas um ponto atrás, mas os campeões venceram a maioria das provas da quarta etapa. Os vice-campeões também comemoram a medalha de prata em Ilhabela. "Velejamos bem porque temos raça. Treinamos pouco antes das etapas e isso sempre faz a diferença. Um exemplo é o Ginga, que investe em treinamento. Eles ganharam a categoria pela terceira vez seguida sem nenhum ‘figurão’ da vela’, explicou Marcelo Bellotti, comandante do SER Glass Eternity, vice-campeão da categoria. "No HPE hoje é assim: o treino supera o talento. O nível de vela da categoria é praticamente o mesmo e as regatas são decididas no detalhe," completou.

A medalha de bronze da temporada de 30 regatas na classe HPE ficou com o Jimny Take Ashauer (Cássio Ashauer).

Vitória na C30 - Na primeira temporada cheia dos C30 no País, o TNT Loyal (Marcelo Massa) saiu com o título. A equipe se recuperou na tabela, já que não participou da primeira etapa. Prêmio para o investimento e dedicação do time. "A tripulação faz a grande diferença, tivemos apoio de ícones da modalidade como André ‘Bochecha’ Fonseca e Alexandre Paradeda. Eles somaram em qualidade junto com a turma da ilha. Posso dizer que nosso time se dedicou mais do que os outros correndo todos os campeonatos possíveis e o resultado apareceu", lembrou Marcelo Massa". "As regatas estão cada vez mais interessantes e, com a chegada de novos barcos na raia, a tendência é de equilíbrio. A C30 é uma realidade na vela oceânica nacional".

Em segundo lugar na temporada de 22 regatas ficou o Barracuda (Humberto Diniz) e em terceiro o +Realizado (José Apud).

A despedida de um campeão - O Touché fez sua última velejada competitiva no Brasil na Copa Suzuki Jimny. O título da temporada encerra a história de sucesso do barco, que detém vários títulos na vela de oceano na ORC, como a Rolex Ilhabela Sailing Week e Circuito Rio. O barco vermelho, que dominou o cenário da categoria nas principais competições da modalidade, será vendido em 2013 após o Mundial de Ancona, na Itália, em junho..

Ernesto Breda, que parte para a Itália navegando em fevereiro, elogia a organização da Copa Suzuki Jimny e ressalta que o evento faz parte da história do Touché. "Foi um grande campeonato , um dos melhores que corremos, com todos juntos na classificação geral da ORC. Foi bom demais".

A embarcação, um Botin & Carkeek de 46 pés, fecha o seu ciclo com três títulos do Circuito Rio, três Campeonatos Brasileiros, três edições da Rolex Ilhabela Sailing Week e outras conquistas em Florianópolis, Búzios e Buenos Aires/Punta Del Leste. "Foi o melhor barco que já velejei. É um veleiro muito bem construído, tudo bem calculado e medido. Parece ter alma o Touché", frisou Ernesto Breda. "O mais simbólico foi encerrar na Ilhabela. Sempre tive muito orgulho de representar o Yacht Club de Ilhabela. Nessa raia tivemos grandes velejadas, adversários e aprendemos muito".

A prata da Copa Suzuki na ORC ficou com o Orson/Mapdre (Carlos Eduardo Souza e Silva) e o bronze para o Tembó Guaçu (André Omatti). Na ORC 700, que reúne barcos menores, o título ficou com o Sextante (Thomas Shaw) e o segundo lugar para o Mashallah (Guillermo Henderson Larrobla).

RGS - Na categoria com maior número de barcos da flotilha, muito equilíbrio em Ilhabela. A categoria, que é subdividida em quatro, provou que o investimento nas tripulações e em barcos fez a diferença em 2012. Na A, o Fram (Felipe Aidar) foi o bicampeão. "Andamos mais rápido após trocar a vela mestra e uma regulagem de mastro. Tudo isso somado a melhora da tripulação, que cada vez mais veleja junta. Velejamos em média 0.4 nós de ventos mais rápido com as mudanças. O campeonato foi equilibrado com adversários como Jazz, Maria Preta e Monte Cristo SER Glass", adiantou Felipe Aidar. "A tendência é que o evento fique cada vez mais forte com o investimento das tripulações da RGS A. O segredo é treinar mais, treinar sem parar".

A prata na RGS A ficou com o Jazz (Valéria Ravanni) e o bronze para BL3 Wind Náutica (Clauberto Andrade).

Na B, o Nomad (Mauro Dottori) conquistou o título da Copa Suzuki Jimny, não dando chances para o Asbar II (Sérgio Keplacz) e Anequim (Fernando de Moura), que ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Na subdivisão C, o campeão foi conhecido após a última regata. Com chances de título, Rainha Mix Saúde (Leonardo Pacheco), Ariel (Luis Pimenta) e Ydypy (Marco Aleixo) fizeram uma prova bastante equilibrada neste domingo. Melhor para o Rainha Mix Saúde (Leonardo Pacheco), que faturou o título.

Depois de dominar o cenário da RGS Cruiser, o Hélios II - Hospital Sírio Libanês irá mudar de classe. Os bicampeões da Copa Suzuki Jimny irão medir o barco, um Delta 32, na subdivisão B. "Agora vamos correr numa classe ainda mais competitiva. Certamente iremos encontrar adversários mais treinados, mas é um passo necessário na nossa evolução. Nosso modelo leva vantagem na Cruiser, diferentemente da B. Vamos estar na raia com embarcações mais rápidas e maiores do que a nossa", revelou Marcos Lobo.

O desempenho do Hélios II - Hospital Sírio Libanês foi quase perfeito. A equipe venceu quase todas as regatas da temporada da Copa Suzuki Jimny. Cocoon (Marcelo Caggiano) foi o segundo e o Pirajá (Rubens Bueno) foi o terceiro.

A Copa Suzuki Jimny / XII Circuito Ilhabela de Vela Oceânica teve quatro etapas durante o ano: marco, junho, setembro e nos últimos dois finais de semana. A competição foi organizada pelo Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio máster da Suzuki Veículos e co-patrocíno da SER Glass. Os apoiadores foram a Prefeitura Municipal de Ilhabela, Brancante Seguros, Antena 1 Litoral Norte 99,5, Ancoradouro e Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião.










Fonte: ZDL de Comunicação
Fotos: Alines Bassi | Balaio de Ideias